PT quer mais partidos com Lula e deixa definições estaduais para o prazo final
Gazeta do Povo – A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quinta-feira (21) que espera agregar mais partidos na coligação que terá o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente. “Delegamos à executiva nacional da federação os poderes para a discussão com outros partidos que queiram integrar a nossa coligação”, afirmou a parlamentar nesta quinta-feira (21), após a convenção do PT que confirmou a candidatura de Lula. A federação a que ela se refere conta com PT, PCdoB e PV – as três siglas vão funcionar, por mais quatro anos, como uma única legenda.
Além desse três partidos, Lula já tem mais quatro legendas em sua coligação: o PSB, sigla do candidato a vice Geraldo Alckmin, o Psol, o Solidariedade e a Rede Sustentabilidade. Gleisi disse que a ampliação das alianças em torno de Lula é uma “meta” para o PT, e que isso se dá porque a eleição de 2022, segundo ela, “não é uma eleição normal”.
Gleisi falou também que o PT conta com todo o período de convenções – que vai até 5 de agosto – para definir algumas negociações nos estados que ainda não estão consolidadas. Candidaturas e coligações têm de ser definidas até esse prazo.
Um exemplo citado pela parlamentar é o do Rio de Janeiro. O diretório do partido decidiu apoiar a candidatura ao governo de Marcelo Freixo (PSB), e contava com a possibilidade de ter, como retribuição, o direito a indicar um nome para o Senado, tendo com o apoio do PSB. Mas o PSB decidiu lançar o deputado Alessandro Molon para o posto, o que abalou a aliança entre os dois partidos no estado.
A presidente do PT também chamou de “autoritária e machista” a decisão do PDT do Ceará de não apoiar a reeleição da atual governadora do estado, Izolda Cela. A governadora é filiada ao PDT, mas o partido optou por apresentar como candidato ao governo o ex-prefeito Roberto Cláudio, que administrou Fortaleza por dois mandatos e é rompido com o PT.