“Não precisamos do governador para ser um grande partido”, diz Moro após Ratinho apoiar Paulo Martins

O ex-juiz federal teve a candidatura ao Senado oficializada pelo União Brasil nesta terça-feira em Curitiba


Banda B | Francielly Azevedo

O ex-juiz federal Sergio Moro teve a candidatura ao Senado oficializada pelo União Brasil durante convenção do partido, nesta terça-feira (2), em Curitiba. Em entrevista coletiva, ele disparou ao comentar o apoio declarado do governador Ratinho Junior (PSD) ao candidato Paulo Martins, do PL de Jair Bolsonaro.

Ratinho, que tem na coligação outros partidos com candidatos ao Senado, incluindo o de Sergio Moro, afirmou no último sábado que a preferência “pessoal” dele é por Martins.

Moro garantiu que a parceria firmada na última semana ainda existe, mas o União Brasil não precisa do governador para disputar eleição.

“Não precisamos do governador para ser um grande partido. Eu não preciso também do governador para colocar a minha candidatura. Respeito a eventual preferência dele. O União Brasil está na coligação do governador, então, de certa forma, estamos ajudando à reeleição”, ressaltou.
Segundo o ex-juiz, o partido é independente e não depende de favores.

“Nós somos um partido independente, com nossa força própria. Nós não precisamos, para sustentar uma candidatura, seja para senador ou deputado, de favores de ninguém”, disse.
O ex-ministro explicou que a coligação não será desfeita, pois ele e o União Brasil trabalham em prol de projetos que ajudem o Paraná.

“Queremos construir um Paraná melhor para todas as pessoas e nós temos os nossos próprios projetos. No que pudermos contribuir, construir junto com o governador se ele for reeleito no futuro, para bem dos paranaenses, nós assim agiremos. Porque nós não somos aqueles que não querem somar esforços em prol do benefício da população”, pontuou.
Além do Senado, o União Brasil lançou 37 nomes à Assembleia Legislativa e 26 à Câmara Federal.

Moro descarta qualquer aliança com o PT
Sobre uma possível aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem Moro travou uma guerra na Operação Lava Jato, o ex-juiz foi taxativo em dizer que a possibilidade nunca existiu.

“Não existe a hipótese do União Brasil do Paraná apoiar o PT. Nós não temos rancor e nem ódio, não defendemos discurso de ódio contra ninguém, mas o União Brasil defende valores absolutamente diferentes”, destacou.

Segundo Moro, União Brasil e PT são antagonistas no cenário político.

“Nós defendemos acima de tudo honestidade e integridade na política, combate à corrupção. Todas essas bandeiras são antagônicas ao que defende o PT. O PT não fez o dever de casa, não se arrependeu dos crimes praticados durante o governo. Então, não existe hipótese nenhuma de o União Brasil estar ao lado do PT. Isso é fake news de gente que tem medo de nos enfrentar nas urnas com honestidade, e falando a verdade. Como eles não tem o que apresentar, porque nunca fizeram nada, ficam inventando fake news”, finalizou.

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