Adapar Intensifica treinamento para prevenção de planta daninha em equipamentos agrícolas

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) iniciou nesta semana um treinamento intensivo destinado aos seus servidores com o foco em inspeção de colheitadeiras e outros equipamentos agrícolas. O objetivo é prevenir a entrada da planta daninha Amaranthus palmeri, que ainda não foi registrada no estado, mas já causa preocupações devido ao seu impacto negativo em lavouras de grãos.

O treinamento, que ocorre no Centro de Treinamento Agropecuário da Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar) em Assis Chateaubriand, começou na última segunda-feira, 24 de junho, e se estende até o dia 12 de julho. Cerca de 60 servidores estão sendo capacitados em quatro turmas de aproximadamente 15 pessoas cada.

Renato Rezende Young Blood, chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (Desv) da Adapar, ressaltou a importância dessa iniciativa: “É fundamental reforçar as medidas de defesa agropecuária, especialmente com a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024. Esta normativa é crucial, pois estabelece procedimentos estritos para a entrada de máquinas e implementos agrícolas no Paraná, exigindo que estejam completamente livres de solo e resíduos vegetais.”

A Amaranthus palmeri, conhecida por sua capacidade de produzir entre 100 mil e 1 milhão de sementes por planta, pode comprometer severamente a produtividade agrícola. O controle ineficiente dessa praga aumenta a necessidade de uso de herbicidas e eleva significativamente os custos de produção.

A ameaça é ampliada pelo fato de que a disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas frequentemente ocorre por meio do trânsito de máquinas agrícolas que carregam solo aderido ou resíduos vegetais. Este risco é particularmente relevante para o Paraná, considerando as recentes detecções dessa planta no Mato Grosso do Sul e a ausência de registros no estado.

Além do treinamento, a Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções são intensificadas para verificar a conformidade com a portaria e proteger a agricultura paranaense de ameaças fitossanitárias.

Este plano de ação, que já está em vigor desde fevereiro do ano passado, reflete o compromisso contínuo da Adapar em prevenir não apenas a introdução de Amaranthus palmeri, mas também a disseminação de outras espécies de plantas daninhas resistentes, além de fungos, vírus, bactérias e nematoides que possam ameaçar o setor agrícola do estado.

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