Perdendo a Guerra da Comunicação: Quando uma equipe não responde, o resultado pode ser a derrota

Por Rodini Netto*

Em um ano eleitoral decisivo como 2024, muitos prefeitos e vice-prefeitos que buscam reeleição, estão sob ataque intenso de seus opositores. No entanto, o que deveria ser uma batalha equilibrada está se transformando em uma derrota anunciada devido à inércia das coordenações de campanha e das equipes de comunicação dos prefeitos que estão à frente do Poder Executivo.

O que estamos vendo é um verdadeiro colapso estratégico. Enquanto a oposição avança com ataques coordenados e uma narrativa agressiva, as assessorias de campanha e as equipes de comunicação destes prefeitos permanecem apáticas, deixando o campo livre para que as acusações se disseminem sem contestação. Essa passividade não é apenas um erro tático, é um suicídio político.

Mas quais são os riscos imediatos da falta de ação? – Perda de Credibilidade Imediata: Acusações não respondidas são percebidas como verdades. O silêncio é interpretado como admissão de culpa, corroendo a imagem pública dos prefeitos.

Sem uma resposta firme e imediata, a oposição e seus aliados na mídia local amplificam as críticas, transformando pequenas falhas em grandes escândalos. A falta de ação desanima os eleitores leais e fortalece a oposição. Eleitores indecisos são facilmente influenciados pelo discurso unificado e agressivo dos adversários.

Lembre-se: A inércia sinaliza fraqueza. Prefeitos e vice-prefeitos que não defendem suas gestões parecem incapazes de liderar, comprometendo seriamente suas chances de reeleição.

Não reagir de forma imediata e eficaz é garantir a derrota nas urnas. A oposição, que já conta com a maioria dos meios de comunicação locais, ganha terreno a cada dia que passa sem uma resposta firme. A ausência de uma estratégia de comunicação robusta é um erro que pode custar caro, não apenas para a atual administração, mas para toda a comunidade que verá projetos importantes serem interrompidos.

Estratégias Necessárias para Reverter o Jogo

Resposta rápida e decisiva: As equipes de comunicação precisam reagir imediatamente a qualquer acusação, desmontando narrativas falsas antes que elas ganhem força.

Transparência e proatividade: Informações claras e baseadas em fatos devem ser disponibilizadas constantemente, mostrando realizações e planos futuros.

Engajamento direto com o eleitorado: Usar redes sociais e outros canais de comunicação direta para falar com a população, bypassando a mídia oposicionista.

Alianças Estratégicas: Trabalhar com influenciadores e líderes comunitários que possam defender a gestão e espalhar informações positivas.

Campanhas Educativas: Realizar campanhas que esclareçam a população sobre os verdadeiros fatos e conquistas da administração atual, frizando sempre para tomarem cuidado com as Fake News (notícias falsas) que vem sendo propagadas.

A inércia das coordenações de campanha e das equipes de comunicação dos prefeitos e vice-prefeitos que disputam a eleição neste 2024 é uma receita para o desastre eleitoral. Não há espaço para passividade em um ambiente político tão competitivo e hostil. É imperativo que as campanhas assumam uma postura proativa e combativa, defendendo suas realizações e desmontando as falsas acusações com agilidade e transparência. A sobrevivência política e a continuidade de projetos essenciais para a comunidade dependem disso.


*A. L. Rodini Netto, 53, é Jornalista. Tecnólogo em Gestão Pública. MBA em Gestão de Cidades e Agronegócio. Foi assessor de imprensa de deputado estadual. Trabalhou em diversas campanhas eleitorais, tendo participado de coordenações de campanha de candidatos a presidente, governador e deputado. Participou ativamente do ambiente político estudantil e eleitoral entre 1985 a 1996.

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