Idosos casados há 55 anos morrem com menos de uma semana de diferença no Paraná: ‘Amor de toda uma vida’
Francisco Justino dos Santos tinha 76 anos e Maria Silva dos Santos, 79. Ambos enfrentavam doenças e morreram em decorrência delas – ele em 14 de janeiro (terça-feira) e ela no dia 20 (segunda). Francisco Justino dos Santos tinha 76 anos e Maria Silva dos Santos, 79
Cedida pela família
Dois idosos, casados há mais de 55 anos, morreram com menos de uma semana de diferença em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná.
Francisco Justino dos Santos tinha 76 anos e Maria Silva dos Santos, 79. Ambos enfrentavam doenças e morreram em decorrência delas – ele em 14 de janeiro (terça-feira) e ela no dia 20 (segunda). Saiba mais abaixo.
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O casal era conhecido pela comunidade local e o falecimento deles gerou comoção na cidade, que possui cerca de 13,7 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Rosa Santos, uma das nove filhas de Maria e “Chico”, como era chamado o homem, conta que os dois viviam “grudados”- tanto um ao outro, quanto ambos à grande família que construíram.
“Era um amor de toda uma vida. E foi uma vida sofrida, eles batalharam muito para nos dar uma vida boa, mas nunca faltou o principal – que era amor e carinho”, afirma ela.
Chico começou a vida trabalhando na roça, com o auxílio da esposa. Quando ele passou em um concurso público e se tornou servidor da prefeitura municipal, Maria se dedicou a cuidar da casa, dos filhos, netos, bisnetos e afilhados.
“É uma perda muito grande. […] Mas hoje eles estão juntos na eternidade”, diz a filha do casal.
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Casal dizia que não viveria um sem o outro, conta a filha
Francisco Justino dos Santos tinha 76 anos e Maria Silva dos Santos, 79
Cedida pela família
Rosa Santos, filha do casal, conta que eles relataram que “não viveriam um sem o outro”.
Em novembro de 2024, Maria foi diagnosticada com um câncer no estômago em estágio IV – fase terminal que aponta que o tumor se espalhou para outras partes do corpo. Devido à idade avançada da mulher, ela, a família e os médicos que a atendiam decidiram não submetê-la à quimioterapia, considerando a agressividade do tratamento.
“Falaram que ela ia sofrer muito com a quimioterapia, e na época o [meu] pai disse que não ia conseguir aguentar ficar sem a [minha] mãe”, conta Rosa.
Ao mesmo tempo, Chico enfrentava obstruções na corrente sanguínea; ou seja, tinha “veias entupidas”. Também devido à idade, ele não foi submetido a nenhuma intervenção cirúrgica, conta a filha.
A partir do falecimento do marido, Maria – que até então não se queixava de dores – começou a passar mal e relatar falta de ar. Ela sofreu uma parada cardíaca que, aliada a complicações do câncer, como sangramento interno, resultou na morte da idosa, na segunda-feira.
“Um amor que o tempo eternizou”, disse a filha, em uma homenagem nas redes sociais.
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