A fome não pode esperar

Dados da Pesquisa Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 divulgados nesta semana revelam que o número de pessoas das regiões Sul e Sudeste que passam fome dobrou – saltando de 7 para 14 milhões. São famílias inteiras não têm o que comer todos os dias.

Para o pré-candidato a governador pelo PSDB, Cesar Silvestri, isso é revelador da ineficiência do governo estadual em atender a população mais necessitada. “É assustador ver que em pleno 2022 um dos problemas dos paranaenses seja a falta de comida, ainda mais num Estado desenvolvido e com alta produção de alimentos”, afirmou.

Segundo Silvestri, o problema se agrava por absoluta falta de prioridades do governo. “Enquanto pessoas passam fome, o governador gasta R$ 160 milhões em propaganda para anunciar obras que nem saíram do papel ou que foram iniciadas em governos passados”, disse. “Não é falta de dinheiro, é falta de visão administrativa e sensibilidade social. Isso não pode continuar; precisa mudar e a hora de mudar é agora”, acrescentou.

De acordo com a pesquisa, o quadro se agravou no último ano – e não há perspectivas de melhora no curto prazo. “Faltam políticas públicas para dar sustento básico às pessoas. Falta cumprir a Constituição, que manda garantir às pessoas condiçõs dignas de sobrevivência. É urgente fazer isso porque a fome não pode esperar”.

Quando prefeito de Guarapuava, Silvestri implantou um programa de políticas transversais para tirar famílias que viviam na extrema pobreza. Funcionava assim: famílias que mantivessem as crianças na escola e participassem de cursos profissinalizantes receberiam auxílio financeiro mensal, alimentos da agricultura familiar e moradia própria.
“É preciso planejar e propor políticas que interrompam o processo cíclico da pobreza. Resolver o agora, mas pensando no longo prazo, para que essa triste e inaceitável realidade de pessoas passando fome não mais volte a acontecer”, finalizou.

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