98% dos infectados pela varíola de macaco são homens gays ou bissexuais, mostra estudo

Gazeta do Povo | Ideias


Um novo estudo publicado na revista médica NEJM, neste mês, aponta que 98% dos afetados pela varíola de macaco no surto de 2022 são homens gays ou bissexuais, com idade média de 38 anos, sendo o contato sexual o meio provável de transmissão da doença em 95% dos casos. A pesquisa colaborativa envolveu mais de 30 profissionais de saúde ao redor do mundo, que analisaram amostras de 528 pacientes infectados com a varíola de macaco, em 16 países. Os pesquisadores descobriram que 41% deles são portadores do vírus HIV, causador da AIDS, e seis entre 10 faziam uso de um medicamento conhecido como PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), uma combinação preventiva de antirretrovirais administrada a pessoas não infectadas com HIV, mas expostas a situações altamente vulneráveis ao vírus, como comportamento sexual de risco.

Para investigar o papel do ato sexual na transmissão da varíola de macaco, além do histórico dos homens em eventos eróticos, os autores do estudo notaram que 91% de um subgrupo testado tinham o vírus no líquido seminal. Embora não seja possível afirmar diretamente a transmissão sexual, os estudiosos apontam que, ao analisar a atividade sexual de 406 homens da amostra, o número mínimo de parceiros sexuais deles no trimestre anterior foi de três, e o máximo foi de 15. Os cientistas também separaram um grupo de 377 dos homens para analisar outras doenças sexualmente transmissíveis, e 30% testaram positivo.

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