Assembleia confirma aprovação de venda das ações da Copel
A Assembleia Legislativa confirmou hoje a aprovação, por 36 votos a 13, do projeto enviado à Casa na segunda-feira pelo governador Ratinho Júnior (PSD) que autoriza o Estado a vender ações da Copel. A proposta transforma a Copel em companhia de capital disperso sem acionista controlador, promovendo uma oferta pública ações ordinárias e certificados de depósito de ações. A intenção é reduzir a participação do Estado no capital social da empresa de 31% para 15% e a 10% da quantidade total de votos conferidos pelas ações com direito a voto da companhia. A estimativa do Estado é arrecadar R$ 3 bilhões para investimentos com a operação.
Os deputados também aprovaram a reforma administrativa com a criação de nove novas secretarias e 493 cargos a um custo anual de R$ 93 milhões.
As novas secretarias serão Justiça e Cidadania; Ação Social e Família; Mulher e Igualdade Racial; Cultura; Esporte; Turismo; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Indústria, Comércio e Serviços; Trabalho, Qualificação e Renda; e Inovação, Modernização e Transformação Digital. Nessa mudança, algumas superintendências criadas na reforma administrativa em 2019 passam a ter status de Secretaria.
A bancada de oposição entrou com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná pedindo a suspensão da tramitação do projeto. O bloco oposicionista também protocolou uma ação popular para tentar barrar a privatização da economia. Outra medida foi uma denúncia no Ministério Público Federal e no Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) contra a iniciativa.