Política é um jogo de xadrez, por Rodini Netto

Foto tirada em Belmonte, Portugal, em 2017. Feira Medieval. Arquivo Pessoal

Não há como não comparar a política a um jogo de xadrez. A cada período de tempo as pedras são movidas no tabuleiro da política. Não importam as pessoas, mas o seu peso político, os números de pesquisas, além das notícias que podem levar ao apogeu ou à queda de um candidato a cargo eletivo… e não só.

No movimentar das pedras, gente competente é trocada por cargos de indicação política, parceiros de hoje tornam-se inimigos de amanhã… cargos são apenas bases no tabuleiro e preenchidos pela peça que interessa no momento.

Muitas vezes, sacrificam-se peças colocando-as à frente, no ataque, para que sejam visadas pelo adversário a fim de que se tornem o objetivo principal de conquista para aquele momento. Não passam de peões, muitas vezes travestidos de rainhas ou bispos. Outras vezes são torres ou cavalos… São dispensáveis para a estrutura do jogo, porque a estratégia do jogador vai além da conquista, mas tende à preparar a vitória de um projeto maior do que o jogo inicial.

Candidatos a determinados cargos são usados pelos tais estrategistas com um objetivo só: tentar ganhar tempo para poder movimentar a pedra certa para dar o xeque mate.

Na política, o movimento das pedras é muito semelhante ao jogo de xadrez… só não vê quem não quer, ou quem quer se deixar levar pelas jogadas do tabuleiro.


Rodini Netto, 51, jornalista. Formado em Gestão Pública. MBA em Gestão de Cidades e Agronegócios.

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