Sem lei e sem respeito, Sem-Terra invadem terras da Embrapa para “transformar terra devoluta em projeto de assentamento da Reforma Agrária”

Recentemente avançamos, neste blog, que o MST-Movimento dos Sem-Terra iria iniciar uma série de invasões a áreas que eles considerariam improdutivas (avisamos que algumas delas não eram),  que seriam ocupadas para que fossem incluídas na relação de terras que pretendiam para si.

Na madrugada deste domingo (16), o movimento sem lei ocupou terras da Embrapa Semiárido em Petrolina (PE). O objetivo fica claro em nota do MST, em que afirma que “o  local foi ocupado por 600 famílias “com intuito de transformar essa terra devoluta em um projeto de assentamento da Reforma Agrária”.

As terras ocupadas, são “patrimônio do governo brasileiro, produtivas e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais”.

Para a Embrapa, as ações do MST são inaceitáveis.

Em nota, a Embrapa afirma que “a invasão traz prejuízos consideráveis a produtores e agricultores familiares da área de abrangência da atuação da nossa instituição, bem como para toda a sociedade.”

Aguardar que o governo federal vá fazer alguma coisa para conter as invasões, além de conversas fiadas, é esperar pelo bom senso de uma esquerda que só quer o caos.

Veja a nota da Embrapa:

“A Unidade foi anexada, administrativamente, à Embrapa Semiárido e tem sido utilizada para instalação de experimentos diversos e multiplicação de material genético básico de cultivares lançadas pela Empresa (sementes e mudas). A invasão atingiu ainda áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma. Nesta área também acontece o Semiárido Show, feira de grande relevância para os agricultores familiares do Semiárido, posto que as tecnologias que são apresentadas foram desenvolvidas para ambientes de convivência com a seca. O evento recebe mais de 20 mil pessoas e é uma referência em transferência de tecnologias para a região Nordeste. No momento, a área está sendo preparada para receber a 10ª edição da Feira, que acontecerá em agosto deste ano. A invasão já está prejudicando consideravelmente todo o planejamento e execução das atividades previstas.”, afirma a nota da Embrapa.

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